Seu Zé, o Matuto.

Seu Zé, O Matuto.

Seu Zé, antes de ser um nome masculino, diminutivo, carinhoso e familiar, ele aqui representa o respeito e valoriza um importante personagem da cultura brasileira, o habitante do campo, mesmo sendo ele (a) morador da cidade por opção, ou pelo histórico de mudanças nacionais, já que, saindo do centro de qualquer cidade brasileira, ou mesmo dentro dela, todo o resto é campo! Nome amplamente difundido na nossa nação, pela colonização portuguesa e pela herança judaico-cristã, seja ele sertanejo, caipira, caboclo, gaudério, urbano, ou qualquer hibridismos dentre estes e tão comuns por aqui. A sua figura torna-se muito importante na atual conjuntura que vivemos. O Matuto, segundo Seu Aurélio, primo distante do Sérgio que é papai do Chico, é quem vive no mato, na roça, é acanhado, tímido e desconfiado, dado a matutar, experiente e cogitabundo. Finório, sabido e matreiro. Aqui chamo de matuto todos os que intrepidamente matutam, pois creio na habilidade cognitiva que todo sistema vivo tem!

O seu Zé matuto, Brasileiro, de palavra em palavra, sugere e inicia esse escambo de saberes, pitacos e causos.

Vamos falar da nossa cultura, músicas e danças, trejeitos e hábitos, a cachaça, vamos dar pitaco na língua brasileira e na portuguesa também, na politicagem, não a partidária, de esquerda ou de direita, vamos sim é caminhar, há tantas possibilidades! Sem politiquetas! Zombaria do zombeteiro. Vamos falar também da nossa realidade ambiental, a bioregional, a nacional e a mundial, e as possíveis soluções. Ufa!! Será possível? Vamos tentar? Vamos!

Seja muito bem vindo e Participe!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Capitalização Financeira é Descapitalização Ecológica

Desenvolvimento sustentável é des-envolvimento insustentável!

Envolvimento sustentável é outra coisa!

Se o seu vizinho corta a grama no sábado, ela rebrotará e precisará ser cortada novamente em algumas semanas né?

Se o seu vizinho corta uma árvore na frente da casa dele pra colocar um muro, ela não vai rebrotar, mas se ele plantar outra, ela (a árvore) levará aproximadamente o mesmo tempo que sua amiga levou para atingir o mesmo estágio de crescimento.

Se o seu vizinho retira água de um poço artesiano e ele (o poço), na melhor das hipóteses será reabastecido com água antroposapiens, então seu filho vai beber água antroposapiens, se sobrar alguma né?

Se os colonizadores do seu estado destruíram o bioma milenar local para se des-envolver então certamente agora ele está desenvolvido.

Se o seu vizinho retira e vende minério de uma jazida que levou milhões de anos pra se formar ela com certeza vai acabar, oq ele vai fazer? Mudar o Slogan de sustentável? Procurar outra jazida? Ou esperar por mais alguns milhões de anos? Só se ele reencarnar uma infinidade de vezes né?

Se a imensa e exuberante Amazônia vem evoluindo desde a elevação dos Andes, há aproximadamente de 16 milhões de anos, e nós, sábios macacos cortadores de árvores, à destruiremos em menos de 700 anos. Quanto tempo levará para ela se reestruturar e se reequilibrar? Essa é mole de responder né?

Sustentável? Desenvolvimento sustentável?

Hã...conta outra! É bulhufas! Migué! Istória pra boi dormir!

“Enquanto o progresso da Vida, através de intermináveis eras da evolução, significava aumento constante do capital ecosférico, com aprimoramento progressivo da homeostase, o ”progresso” do homem moderno não é senão uma orgia de consumo acelerado de capital, com aumento paralelo da vulnerabilidade do sistema. Em espaço de tempo curtíssimo dilapidamos e obliteramos o que a Natureza levou milhões de anos para criar e acumular”. (...)

“Chegamos assim a confundir desmantelamento da Ecosfera com criação de riqueza. A destruição de um banhado, a transformação da floresta amazônica em simples pasto ou a derrubada das últimas araucárias, nas contas dos economistas, só aparecem como criação de riqueza, não aparece a descapitalização ecológica.”

Manifesto Ecológico Brasileiro. Fim do Futuro? José A. Lutzenberger.1980. Ed. Movimento.

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