Desenvolvimento sustentável é des-envolvimento insustentável!
Envolvimento sustentável é outra coisa!
Se o seu vizinho corta a grama no sábado, ela rebrotará e precisará ser cortada novamente em algumas semanas né?
Se o seu vizinho corta uma árvore na frente da casa dele pra colocar um muro, ela não vai rebrotar, mas se ele plantar outra, ela (a árvore) levará aproximadamente o mesmo tempo que sua amiga levou para atingir o mesmo estágio de crescimento.
Se o seu vizinho retira água de um poço artesiano e ele (o poço), na melhor das hipóteses será reabastecido com água antroposapiens, então seu filho vai beber água antroposapiens, se sobrar alguma né?
Se os colonizadores do seu estado destruíram o bioma milenar local para se des-envolver então certamente agora ele está desenvolvido.
Se o seu vizinho retira e vende minério de uma jazida que levou milhões de anos pra se formar ela com certeza vai acabar, oq ele vai fazer? Mudar o Slogan de sustentável? Procurar outra jazida? Ou esperar por mais alguns milhões de anos? Só se ele reencarnar uma infinidade de vezes né?
Se a imensa e exuberante Amazônia vem evoluindo desde a elevação dos Andes, há aproximadamente de 16 milhões de anos, e nós, sábios macacos cortadores de árvores, à “ destruiremos em menos de 700 anos. Quanto tempo levará para ela se reestruturar e se reequilibrar? Essa é mole de responder né?
Sustentável? Desenvolvimento sustentável?
Hã...conta outra! É bulhufas! Migué! Istória pra boi dormir!
“Enquanto o progresso da Vida, através de intermináveis eras da evolução, significava aumento constante do capital ecosférico, com aprimoramento progressivo da homeostase, o ”progresso” do homem moderno não é senão uma orgia de consumo acelerado de capital, com aumento paralelo da vulnerabilidade do sistema. Em espaço de tempo curtíssimo dilapidamos e obliteramos o que a Natureza levou milhões de anos para criar e acumular”. (...)
“Chegamos assim a confundir desmantelamento da Ecosfera com criação de riqueza. A destruição de um banhado, a transformação da floresta amazônica em simples pasto ou a derrubada das últimas araucárias, nas contas dos economistas, só aparecem como criação de riqueza, não aparece a descapitalização ecológica.”
Manifesto Ecológico Brasileiro. Fim do Futuro? José A. Lutzenberger.1980. Ed. Movimento.
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