Seu Zé, o Matuto.

Seu Zé, O Matuto.

Seu Zé, antes de ser um nome masculino, diminutivo, carinhoso e familiar, ele aqui representa o respeito e valoriza um importante personagem da cultura brasileira, o habitante do campo, mesmo sendo ele (a) morador da cidade por opção, ou pelo histórico de mudanças nacionais, já que, saindo do centro de qualquer cidade brasileira, ou mesmo dentro dela, todo o resto é campo! Nome amplamente difundido na nossa nação, pela colonização portuguesa e pela herança judaico-cristã, seja ele sertanejo, caipira, caboclo, gaudério, urbano, ou qualquer hibridismos dentre estes e tão comuns por aqui. A sua figura torna-se muito importante na atual conjuntura que vivemos. O Matuto, segundo Seu Aurélio, primo distante do Sérgio que é papai do Chico, é quem vive no mato, na roça, é acanhado, tímido e desconfiado, dado a matutar, experiente e cogitabundo. Finório, sabido e matreiro. Aqui chamo de matuto todos os que intrepidamente matutam, pois creio na habilidade cognitiva que todo sistema vivo tem!

O seu Zé matuto, Brasileiro, de palavra em palavra, sugere e inicia esse escambo de saberes, pitacos e causos.

Vamos falar da nossa cultura, músicas e danças, trejeitos e hábitos, a cachaça, vamos dar pitaco na língua brasileira e na portuguesa também, na politicagem, não a partidária, de esquerda ou de direita, vamos sim é caminhar, há tantas possibilidades! Sem politiquetas! Zombaria do zombeteiro. Vamos falar também da nossa realidade ambiental, a bioregional, a nacional e a mundial, e as possíveis soluções. Ufa!! Será possível? Vamos tentar? Vamos!

Seja muito bem vindo e Participe!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Notícias Sapiens


Homos ou não homos, eis o pobrema!

Surfista foi atacado por tubarão pq teve seu pé confundido com comida.
Pessoas internadas numa clínica são tratadas como animais.

Os vilões das estradas brasileiras são animais que atravessam a pista e são responsáveis por causarem boa parte dos acidentes.

Assassino foi perseguido até a morte pq matou e comeu covardemente uma criança que brincava num igarapé enquanto os pais pescavam.
Obs.: Era um jacaré-açu com fome.

Programa de saúde pública que aniquilar os ratos pq eles são sujos e transmitem doenças!

E a última notícia fresquinha:
Baleia Orca assassina sua treinadora nos EUA.

Segundo diretor do SeaWorld, Chuck Tompkins em 1991, ela ( a mesma baleia), “foi responsabilizada pelo afogamento de um treinador durante um show em um parque no Canadá”, mas como não puderam provar nada ela foi absolvida. Vendida ao SeaWorld no ano seguinte, a orca se envolveu em um outro incidente em 1999, quando um homem nu foi encontrado morto em seu tanque, novamente as câmeras de segurança não registraram a ação e ela foi novamente absolvida.  "Estamos em fase de investigar todas as pessoas e os animais", disse Tompkins.

Dessa vez acho que ela não escapará! Cadê o advogado da baleia?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mais um caipira foi viajar sob o som agudo do ponteio da viola.


Receberíamos neste dia 20 de fevereiro de 2010 no bar O Torto em Curitiba-PR, o caipira Pena Branca. Ícones da música de raiz sertaneja, estimados pela pureza e simplicidade das músicas tocadas e cantadas com seu irmão Xavantinho. Suas letras e toques retratam boa parte vida interiorana brasileira, das festas religiosas e arraiais aos ciclos da natureza e da agricultura. Pena Branca viajou ontem, mas o som da sua viola permanecerá! Pena Branca e Xavantinho : Uma toada Brasileira

Mais informações sobre a seqüência do evento:

http://otortobar.blogspot.com

Poeira

O carro de boi lá vai gemendo lá no estradão

Suas grandes rodas fazendo profundas marcas no chão

Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira

Poeira do meu sertão

Olha seu moço a boiada, em busca do ribeirão

Vai mugindo, vai ruminando, cabeças em confusão

Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira

Poeira do meu sertão

Olha só o boiadeiro montado em seu alazão

Conduzindo toda a boiada com seu berrante na mão

Seu rosto é só poeira, poeira vermelha, poeira

Poeira do meu sertão

Barulho de trovoada coriscos em profusão

A chuva caindo em cascata na terra fofa do chão

Virando em lama poeira, poeira vermelha, poeira

Poeira do meu sertão

Poeira entra em meus olhos, não fico zangado não

Pois sei que quando eu morrer meu corpo vai para o chão

Se transformar em poeira, poeira vermelha, poeira


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Notícia sapiens ecochata e biodesagradável.



Dizem por ai que a célula cancerígena com sua nova e avançadíssima configuração molecular suicida se alimenta e se reproduz mais velozmente do que sua irmã saudável. Ela (a cancerígena) acredita que sua nova configuração genética é indiscutivelmente um avanço tecnológico, superando consideravelmente sua irmã ultrapassada e que td está absolutamente sob controle não havendo nada de errado consigo, E ai ela, a célula cancerígena, vai se reproduzindo e tomando conta do pedaço seja ele qual for. Num “curto” espaço-tempo aquela bioregiãozinha, onde a célula faz seu trabalho diário fica com suas funções comprometidas, ainda sim, ela continua se reproduzindo aos milhares e avança sobre as outras partes saudáveis, quando realmente se percebe, aquele local, agora fisicamente constituído por novas células suicidas, está assombrosamente afetado, o que decisivamente afetará o funcionamento do organismo maior do qual ele faz parte, tipo um órgão, o corpo todo, a família, e na seqüência: a sociedade, o bioma e o planeta.
A Transgenia cancerígena do agrobisnes transcende o ilusório partidarismo púlítico, pois suas células pertencem à maior bancada, tanto no congresso nacional quanto no senado, até alguns ditos ecologistas são de fato ruralistas, ou se vc preferir empresários agro-exportadores. Seus profetas juram de pé junto por tudo o que é considerado sagrado nas mais diversas orientações religiosas que as rações geneticamente forjadas por eles não fazem nenhum mal para quem consumi-las. Veremos! Observemos! Vale lembrar que a evolução nunca pára.


“Comer informação genética suicida é......., isso não é muito interessante”.
A busca constante por alimentação (nutrição energética) e sobrevivência são qualidades intrínsecas a todos os seres vivos que compõe o grande sistema ecológico recentemente rebatizado de Gaia. Isso movimenta o planeta, das plantas que captam fótons aos herbívoros, carnívoros e fungos. Cuidar de si mesmo, da prole ou do ambiente que irá cuidar dela (da prole) quando não estivermos mais por aqui é condição básica e mínima, princípio de convivência coletiva entre todos nós, é como um acordo simbiótico! A história da terra mostra isso. Muito recentemente quebramos esse acordo com os demais e começamos a destruir esse habitat, sendo o primeiro e mais grotesco erro considerá-lo nosso.
Então nada mais apropriado para o momento quando falamos de comer ração, olha só:
Passarinho que come pedra sabe o cú que tem!
O que vale é a qualidade e não a quantidade!





A Viola Caipira e/ou Viola Brasileira


O mais antigo instrumento do cantador sertanejo devia ter sido a viola. Foi o primeiro instrumento de cordas que o português divulgou no Brasil. O século do povoamento, o XVI, foi a época do esplendor da viola em Portugal, indispensável nas romarias, arraiais e bailaricos, documentado em Gil Vicente e nos cancioneiros. Os padres catequistas ensinam os curumins a tangê-la. Era um dos instrumentos preferidos pela sua sonoridade, recursos e relativa facilidade de manejo. Instrumento de cordas dedilhadas, cinco ou seis, duplas, metálicas. É verdadeiramente o grande instrumento da cantoria sertaneja. Violeiro é sinônimo de cantador. Cada violeiro vitorioso amarrava uma fita nas cravelhas do instrumento depois de cada vitória nos desafios. Era um emblema de glória e ele narrava, pela ação de presença, a história dos embates ilustres. Cada cantador de outrora dizia, sem vacilar, a origem de cada fita que voava desbotada e triste, amarada na viola encardida. Uma viola assim enfeitada era o sonho de todos os bardos analfabetos. As violas enfeitadas eram troféus, consagrados e invejados. O padre Fernão Cardim cita-a abundantemente no Brasil. A orquestra típica das festas jesuíticas era a viola, o pandeiro, o tamboril e a flauta. Animador dos bailes populares em todos os quadrantes brasileiros. Recebendo da Espanha o violão, como a viola vulgarizada pelos mouros, o português denominou-a no aumentativo de viola, o instrumento-rei. O português levou-a a todas regiões coloniais, integrando-a na cultural local, até na Polinésia. Dá nascimentos a vários formatos e nomes, mas a fonte é indiscutível e legitima. Pelo sul e centro do Brasil mantém seu domínio soberano. Queluz (Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais). Possuiu quinze fábricas de viola. Quase todos os autos e bailes do sul e Centro do Brasil, Rio grande do sul e Rio de Janeiro, obrigam a viola.

O texto acima é uma mescla extraída em partes de dois livros do autor potiguar Luis da Câmara Cascudo, o primeiro é o livro Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 791. Ed Itatiaia. O segundo, Vaqueiros e Cantadores, pag. 192-193, que foi editado pela Editora Global.

Em Breve mais um texto sobre os diversos tipos e nomes de violas e suas diversas afinações regionais Brasil adentro e Brasil afora.